O Psicodrama, criado por Jacob Levy Moreno, é uma psicoterapia sem “terapeuta” – a própria pessoa é o “auto-terapeutra”, fundamentado no relacionamento das pessoas e no “encontro”, que permite, através da espontaneidade e da liberdade, a pessoa encontrar a si mesma e criar novas formas de ser e de agir e assim encontrar sua própria cura
O Psicodrama de baseia na representação dramática fundamentada no teatro – é o teatro da realidade de cada um – sem script, sem papel pré-definido.
Os papeis surgem no aqui e agora, trabalhando-se não no passado, mas sim no presente, não se fala, não se intelectualiza o passado, mas se revive, espontaneamente, o passado no momento presente, pois, segundo Moreno, a segunda vivência libera a primeira.
Não há terapeuta no sentido convencional, não há análise, interpretações, explicações, diagnósticos ou prognósticos – mas há um “diretor de campo” que facilita a ação. O “diretor de campo” é diferente do diretor de teatro, porque interage, se relaciona pessoalmente e participa da ação, buscando o “encontro” entre “diretor de campo” e cliente, que propiciará o encontro da pessoa consigo mesma.
A proposta é o encontro da pessoa com seu interior através de vivenciar, no cenário psicodramático, situações de seu passado e encontrar as situações de conflito que originam seu desconforto interior. Estas ao serem representadas no presente, liberam a pessoa do seu passado. Assim a própria pessoa é que identifica a sua solução dentro de si mesma e para si mesma.
O “diretor de campo” não faz análise, interpretações nem responde a perguntas, somente facilita o processo da procura da pessoa por ela mesma no seu interior. Conhecendo as origens de seus conflitos, a pessoa mesma se liberta deles.
O processo é, portanto, que a ação substitua o falar, o intelectualizar, permitindo que a pessoa vivencie e sinta, no momento presente, através da representação, seu mundo interior e assim se encontre...
Não se fala sobre psicodrama – se atua, se representa, no aqui e agora o seu interior. Ao representar um papel, a pessoa atua com toda a sua personalidade, com todo seu ser, permitindo assim que se conheça e re-estabeleça seu equilíbrio interior.
Para vivermos temos que inalar oxigênio, ingerimos alimentos e água, ou seja, interagimos e dependemos do meio ambiente e, portanto, não vivemos sem ele. Na realidade estamos integrados ao meio ambiente, do qual somos também parte. Somos unos com o meio ambiente e é isto que significa Universo. Nossas primeiras interações são com a família, com a mãe, pai e demais pessoas que compõem nosso grupo social e com as condições da Natureza, com os quais aprendemos a conviver. Deste relacionamento pode ocorrer, entretanto, desequilíbrios entre o que necessitamos e desejamos e o que efetivamente obtemos, surgindo assim uma situação de desconforto que, não podendo no momento resolver, reprimimos para nosso mundo interior.
O propósito do Psicodrama é resgatar essas relações para revivê-las em uma segunda vez no momento presente e, desta forma, resgatar e liberar esse desconforto reprimido. O importante é o momento presente – a vivência no aqui e agora, que permite a comunicação entre a pessoa e aquilo que ela transformou em uma repressão, tornando-a uma atitude ativa através da atuação dramática em um ambiente controlado com o apoio do “diretor de campo”.
Um dos fundamentos da ação psicodramática é a espontaneidade, pois sem normas ou critérios prévios, a pessoa pode atuar com liberdade e segurança, permitindo o encontro do Eu. O Eu não pode encontrar-se por si mesmo, só poderá encontrar-se através de um outro, o Tu. É o encontro da pessoa com seu semelhante, de tal modo que o Eu passa ser Tu e o Tu se transforma em Eu. Este é o princípio da auto-cura.
O Psicodrama é um método pelo qual se busca a verdade através da ação. A espontaneidade, condição para a ação eficaz, é a capacidade de dar uma resposta inteligente, uma reação adequada a uma situação nova e inesperada. É desta forma que surge a ato da criação de uma forma alternativa de ser, de agir, que produza os resultados satisfatórios buscados. A essência da vida humana é ser criadora, criar novas alternativas e formas de viver.
A fonte da espontaneidade se libera em contato com a espontaneidade de outro, no caso do Psicodrama do “diretor de campo”. Segundo Moreno, a espontaneidade pode ser comparada a uma lâmpada, a qual, quando acesa, permite a visão do ambiente e da disposição das coisas; quando apagada ou quando não está acesa, as coisas permanecem no mesmo lugar, mas a pessoa não as vê.
A não liberação da espontaneidade na vida moderna inibe a criatividade e, assim, a criação de soluções, novas formas de se relacionar com outros e com a Vida. A criança ao nascer passa, de um estado de dependência, no qual recebia passivamente aquilo que necessitava, para um estado no qual tem que conquistar a sua sobrevivência, mas a cultura humana inibe a espontaneidade e, portanto, a criatividade.
O Psicodrama se propõe a despertar e desinibir a espontaneidade, que permitirá a criatividade encontrar a resposta adequada a uma nova solução, ou seja, aquilo que a pessoa necessita para sua vida plena.
Na ação psicodramática existe um relacionamento, entre o terapeuta “diretor de campo” e o cliente, com mutualidade, reciprocidade e igualdade que permite existência da catarse de integração, que é a liberação da espontaneidade e da consequente criatividade, permitindo o acontecimento do “encontro” e à pessoa ver e criar uma nova forma de se realizar.
A relação Eu-Tu, que ocorre na psicodramatização, entre terapeuta “diretor de campo” e cliente, permite a este se avaliar partir de seus próprios relacionamentos pessoais e realizações, ocorrendo a “auto-cura” através desse relacionamento.
A filosofia que fundamenta o Psicodrama é que não há possibilidade de existir a pessoa sozinha - a pessoa só existe em relação à outra - a pessoa só se torna pessoa quando se relaciona, quando há diálogo.
(ref- “Psicodrama da Loucura”, José Fonseca Filho, Ed.Ágora)
O Psicodrama de baseia na representação dramática fundamentada no teatro – é o teatro da realidade de cada um – sem script, sem papel pré-definido.
Os papeis surgem no aqui e agora, trabalhando-se não no passado, mas sim no presente, não se fala, não se intelectualiza o passado, mas se revive, espontaneamente, o passado no momento presente, pois, segundo Moreno, a segunda vivência libera a primeira.
Não há terapeuta no sentido convencional, não há análise, interpretações, explicações, diagnósticos ou prognósticos – mas há um “diretor de campo” que facilita a ação. O “diretor de campo” é diferente do diretor de teatro, porque interage, se relaciona pessoalmente e participa da ação, buscando o “encontro” entre “diretor de campo” e cliente, que propiciará o encontro da pessoa consigo mesma.
A proposta é o encontro da pessoa com seu interior através de vivenciar, no cenário psicodramático, situações de seu passado e encontrar as situações de conflito que originam seu desconforto interior. Estas ao serem representadas no presente, liberam a pessoa do seu passado. Assim a própria pessoa é que identifica a sua solução dentro de si mesma e para si mesma.
O “diretor de campo” não faz análise, interpretações nem responde a perguntas, somente facilita o processo da procura da pessoa por ela mesma no seu interior. Conhecendo as origens de seus conflitos, a pessoa mesma se liberta deles.
O processo é, portanto, que a ação substitua o falar, o intelectualizar, permitindo que a pessoa vivencie e sinta, no momento presente, através da representação, seu mundo interior e assim se encontre...
Não se fala sobre psicodrama – se atua, se representa, no aqui e agora o seu interior. Ao representar um papel, a pessoa atua com toda a sua personalidade, com todo seu ser, permitindo assim que se conheça e re-estabeleça seu equilíbrio interior.
Para vivermos temos que inalar oxigênio, ingerimos alimentos e água, ou seja, interagimos e dependemos do meio ambiente e, portanto, não vivemos sem ele. Na realidade estamos integrados ao meio ambiente, do qual somos também parte. Somos unos com o meio ambiente e é isto que significa Universo. Nossas primeiras interações são com a família, com a mãe, pai e demais pessoas que compõem nosso grupo social e com as condições da Natureza, com os quais aprendemos a conviver. Deste relacionamento pode ocorrer, entretanto, desequilíbrios entre o que necessitamos e desejamos e o que efetivamente obtemos, surgindo assim uma situação de desconforto que, não podendo no momento resolver, reprimimos para nosso mundo interior.
O propósito do Psicodrama é resgatar essas relações para revivê-las em uma segunda vez no momento presente e, desta forma, resgatar e liberar esse desconforto reprimido. O importante é o momento presente – a vivência no aqui e agora, que permite a comunicação entre a pessoa e aquilo que ela transformou em uma repressão, tornando-a uma atitude ativa através da atuação dramática em um ambiente controlado com o apoio do “diretor de campo”.
Um dos fundamentos da ação psicodramática é a espontaneidade, pois sem normas ou critérios prévios, a pessoa pode atuar com liberdade e segurança, permitindo o encontro do Eu. O Eu não pode encontrar-se por si mesmo, só poderá encontrar-se através de um outro, o Tu. É o encontro da pessoa com seu semelhante, de tal modo que o Eu passa ser Tu e o Tu se transforma em Eu. Este é o princípio da auto-cura.
O Psicodrama é um método pelo qual se busca a verdade através da ação. A espontaneidade, condição para a ação eficaz, é a capacidade de dar uma resposta inteligente, uma reação adequada a uma situação nova e inesperada. É desta forma que surge a ato da criação de uma forma alternativa de ser, de agir, que produza os resultados satisfatórios buscados. A essência da vida humana é ser criadora, criar novas alternativas e formas de viver.
A fonte da espontaneidade se libera em contato com a espontaneidade de outro, no caso do Psicodrama do “diretor de campo”. Segundo Moreno, a espontaneidade pode ser comparada a uma lâmpada, a qual, quando acesa, permite a visão do ambiente e da disposição das coisas; quando apagada ou quando não está acesa, as coisas permanecem no mesmo lugar, mas a pessoa não as vê.
A não liberação da espontaneidade na vida moderna inibe a criatividade e, assim, a criação de soluções, novas formas de se relacionar com outros e com a Vida. A criança ao nascer passa, de um estado de dependência, no qual recebia passivamente aquilo que necessitava, para um estado no qual tem que conquistar a sua sobrevivência, mas a cultura humana inibe a espontaneidade e, portanto, a criatividade.
O Psicodrama se propõe a despertar e desinibir a espontaneidade, que permitirá a criatividade encontrar a resposta adequada a uma nova solução, ou seja, aquilo que a pessoa necessita para sua vida plena.
Na ação psicodramática existe um relacionamento, entre o terapeuta “diretor de campo” e o cliente, com mutualidade, reciprocidade e igualdade que permite existência da catarse de integração, que é a liberação da espontaneidade e da consequente criatividade, permitindo o acontecimento do “encontro” e à pessoa ver e criar uma nova forma de se realizar.
A relação Eu-Tu, que ocorre na psicodramatização, entre terapeuta “diretor de campo” e cliente, permite a este se avaliar partir de seus próprios relacionamentos pessoais e realizações, ocorrendo a “auto-cura” através desse relacionamento.
A filosofia que fundamenta o Psicodrama é que não há possibilidade de existir a pessoa sozinha - a pessoa só existe em relação à outra - a pessoa só se torna pessoa quando se relaciona, quando há diálogo.
(ref- “Psicodrama da Loucura”, José Fonseca Filho, Ed.Ágora)
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